NÓS

Chapter 59: Capítulo 58



Chapter 59: Capítulo 58

Alex.

Loirinha não atendia o telefone de jeito nenhum, caia direto para a caixa postal. Tinha saído do

trabalho mais cedo, queria passar lá para ver como essa doida estava e ela não me atendia por nada.

Como ainda era cedo, umas onze horas por aí decidi passar no colégio dela, pelo o que eu sabia

daqui a pouco, mais ou menos, era hora que ela metia o pé.

Isso era se ela tinha ido, a bicha parecia amar faltar aula.

Nem cogitei a ideia de ela estar com Diego, hoje pela manhã ele tinha me ligado e explicado toda treta

que havia acontecido entre ele e o pai dele e com isso, meteu o pé cedinho para São Paulo

novamente. Achei maior vacilo da parte dele ter deixado a loira sozinha nessa, independente se ele ia

bancar ela de lá, assistência é tudo e pelo o que ele falou, a volta não era certa.

Diego depois de uns problemas que passou, se tornou um cara muito frio, muito correto e sério. Me

surpreendia tal atitude de voltar para São Paulo com tudo isso que estava rolando aqui, ele e Manuela,

a Manuela e o filho deles que estava por vir. Não sabia se o motivo do sumiço dela era esse, achava

provável pois mesmo ela querendo negar para Deus e o mundo, sabia que ela estava envolvida

sentimentalmente com Diego e isso com certeza, havia abalado ela. This is property © NôvelDrama.Org.

Em meia hora cheguei em frente ao colégio de Manu, saltei do carro e fiquei esperando o portão abrir

encostado no carro. Meio dia em ponto o mesmo abriu, as pessoas começaram a sair mas nada da

loirinha. Sua amiga extremamente gostosa, que eu já tinha visto em alguns lugares e que se eu não

me engano yde chamava Lya saiu acompanhada de um moleque.

— Lya? — corri atrás dela, a mesma virou pra mim e sorriu — você é a amiga da loirinha, não é?

— Da piranha da Manuela. Sou eu mesmo — riu — você é aquele menino que estava na mudança,

não é? Alessandro, eu acho.

— Alex — a corrigi — sou muito bonito pra se chamar Alessandro — cocei a garganta dando um

sorriso forçado e nós rimos — loirinha não veio hoje não?

— Não — ela e o moleque que estava com ela balançaram a cabeça negativamente — ela não está

em casa? — perguntou com a testa franzida.

— Não — tirei o celular do bolso — estou tentando ligar mas cai direto na caixa postal.

Lya colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha enquanto procurava o celular na mochila e quando

achou o mesmo, na mesma hora ligou para Manuela mas sem resposta como o esperado. Ficamos

quase meia hora ligando para a loirinha, eu estava começando a ficar preocupado e a Lya estava

quase surtando.

— Vocês querem ir comer em algum canto? — perguntei após guardar o celular no bolso — tô

morrendo de fome e de lá a gente passa na loirinha pra ver qual é da dela ou sei lá.

Eles assentiram, fomos caminhando em direção ao carro e próximo do mesmo destravei para

entrarmos. O tal do moleque de chamava Pedro, ele também estava tentando entrar em contato com a

loira mas como o de sempre, caia na caixa postal. Fomos o caminho cogitando lugares que Manuela

poderia estar, o primeiro era a casa de Diego e o segundo era a lanchonete onde era trabalhava mas

pelo o que eu sabia, ela só abria de tarde.

— Tô achando que essa filha da puta foi pra São Paulo e abandonou a gente — Lya disse com o

telefone no ouvido — e nem pra me levar junto.

— Acho que o Diego falaria — beberiquei meu refrigerante — na verdade não sei, eles dois são

malucos.

— Pois é — suspirou.

Almoçamos rápido, estava nervoso com isso, queria saber onde a loirinha estava e se estava tudo

bem. Pedro meteu o pé do restaurante mesmo, apenas eu e Lya ficamos pra ir na casa de Manuela e

se a parada não estivesse tão tensa, eu até pensaria em jogar uns verde pra essa gata da amiga dela

pra colher maduro, sério. O restaurante ficava próximo do bairro onde a loira morava então chegamos

lá em menos de vinte minutos.

Parei em frente ao portão social, gritamos Manuela quase uns quinze minutos direto e tentamos ligar

para a mesma não sei quantas vezes.

— Não é possível — Lya disse sacudindo as pernas e tentando ligar pela milésima vez para a

Manuela.

Estava pensando em avisar os garotos sobre o sumiço da loira, não queria preocupar Diego mas o

foda é que o tempo passava e ela não dava uma notícia, não era só ela que ela estava em jogo, o

bebê também. Ia esperar mais um pouco antes de avisar pelo menos para Victor e depois falar com

Diego, caso não tivesse notícias até de noite.

— Bora meter o pé, ela não tá em casa — passei a mão pelos cabelos e soltei um suspiro.

— Também tô achando que não — suspirou também — qualquer coisa eu te aviso, se ela der as

caras.

— Suave, pô — destravei o carro — entra aí, te deixo em casa.

Ela assentiu e entrou. Fomos o caminho conversando um pouco pra descontrair, deixei Lya em frente

ao seu apartamento e depois meti o pé pra casa. Mandei um mensagem para Victor falando sobre o

sumiço da loira e fui tomar uma ducha. Estava com esperança de que até o anoitecer essa maluca do

caralho iria dar o ar da graça.

Diego mal foi embora e ela já me paga de maluca, se eu soubesse tinha mandado Diego levar ela na

mala.

Mensagem on.

Victor

Qual foi mano???

Sumiu do nada?????

Eu

Do nada, tô esperando ela dar as caras pra eu xingar essa filha da puta

Victor

Loirinha é maluca

Falou com Diego já? Ele vai surtar

Eu

Ainda não, tô esperando

mas qualquer coisa te aviso, fé

Victor

Off.

Me joguei no sofá colocando alguma coisa pra assistir, botei em um filme qualquer e fiquei mexi um

pouco nas redes sociais. O filme era até maneiro mas não estava cem porcento concentrado pois

minha cabeça estava na loirinha, me preocupava bastante com ela, já tinha passado por barra demais

esses últimos meses e eu só queria que ela estivesse bem.

Peguei no sono no meio do filme, eu estava exausto e tirar um sono era o que eu precisava.


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